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Apresentação


Bem vinda(o) ao blog "Antropologia da Fantasia"...um espaço dedicado à publicação de textos sobre variados temas.

Somos como um quadro em que o pintor se afasta das regras estabelecidas, para seguir a sua imaginação.


Obrigada(o) pela sua visita!



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quinta-feira, 13 de setembro de 2007


Dia Global de Acção por Darfur – 16 de Setembro


O conflito que assombra o Sudão desde 2003 é feito de números arrasadores: cerca de 200,00 vidas tiradas, mais de 2,1 milhões de refugiados numa população de seis milhões. Da ONU, veio recentemente um número animador: o envio de 26 mil soldados numa força conjunta da ONU e da União Africana para Darfur. O objectivo é impulsionar o processo de paz e terminar o conflito na região. Uma tarefa difícil, para a qual é necessária a ajuda da comunidade internacional e de toda a sociedade civil.


Não se perca nos números. Faça a diferença. Junte-se à Plataforma pelo Darfur e espalhe a palavra:
http://darfur.blogs.sapo.pt/


Não desvie o olhar, proteja o Darfur
!

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terça-feira, 11 de setembro de 2007






Novas Músicas



Este ano a Casa da Música acolhe o Festival Música Viva nas suas instalações, reforçando a presença da produção musical contemporânea nacional e internacional na programação do Novas Músicas. Entre Setembro e Outubro terão lugar concertos extremamente variados, de géneros musicais que vão desde a ópera à música para altifalantes, passando pela música sinfónica, para instrumentos solistas e os mais diversos ensembles. Este mês, o Novas Músicas terá início com duas óperas com encenação de João Henriques e cenografia de Pedro Cabrita Reis, uma das quais em estreia mundial, e incluirá um programa exclusivamente dedicado à obra para piano de Jorge Peixinho bem como a estreia mundial de uma obra de Cândido Lima pela Orquestra Nacional do Porto. Com muitos concertos, colóquios, conferências e actividades educativas, o Festival Música Viva marca presença na Casa da Música entre os dias 18 a 23 de Setembro. O Novas Músicas prosseguirá ao longo de Outubro com vários agrupamentos internacionais e a estreia de novas obras.A intervenção de Pedro Cabrita Reis na Sala Suggia, concebida para as óperas O Castelo do Duque Barba Azul e O Rapaz de Bronze, permanece durante todo o Novas Músicas.




NOVAS MÚSICAS EM OUTUBRO



05 OUT SEX


Novas Músicas  Portrait Nunes


21:00 Sala Suggia


REMIX ENSEMBLE 8.º Aniversário


CORO GULBENKIAN


Peter Rundel direcção musical


Programa


Miguel Azguime Circundante Circunstância dos Círculos para ensemble, coro e electrónica ¹


Emmanuel Nunes Duktus


Emmanuel Nunes Épures du serpent vert II ²






Novas Músicas


22:00 Sala 2


ORQUESTRA DE JAZZ DE MATOSINHOS


Obras de Andreia Pinto Correia e Carlos Guedes ³






09 OUT TER 


19:30 Sala Suggia


ENSEMBLE MODERN


Franck Ollu direcção musical


Emmanuel Nunes Wandlungen (5 Passacaglien)


Emmanuel Nunes Épures du serpent vert IV ² (estreia nacional)






¹ Estreia nacional; encomenda conjunta da Casa da Música e Fundação Calouste Gulbenkian




² Projecto da Casa da Música em colaboração com Festival Musica-Estrasburgo, Ircam-Centre Pompidou, Maerzmusik/Berliner Festspiele e Musicadhoy-Madrid, no âmbito do Réseau Varèse.




³ Encomenda da Casa da Música; estreia mundial






12 OUT SEX


Novas Músicas


23:00 Sala 2


VARIABLE GEOMETRY ORCHESTRA




13 OUT SÁB

Ao Meio Dia Novas Músicas

12:00 Sala 2

Prémio Jovens Músicos RDP 2004

GILBERTO BERNARDES saxofone

Rui Dias informática musical

Programa

Luciano Berio Sequenza Ixb de para saxofone solo

"Qi Xi" The Night of Sevens, improvisação teatro musical sobre lenda chinesa

Pierre Boulez Dialogues de l'ombre double

Alejandro Castaños +O~


14 OUT DOM 

Ao Meio Dia  Novas Músicas

12:00 Sala Suggia

ORQUESTRA NACIONAL DO PORTO

Cesário Costa direcção musical

Concerto de Encerramento Novas Músicas

Concerto comentado por Luís Tinoco

Programa

Marc-André Dalbavie Color

Julian Anderson Imagin'd Corners

Mark-Anthony Turnage Scherzoid



Para mais informações: http://www.casadamusica.com/

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Os meus Balões Laranja e Azul...




Fotografia de: Pedro Moreira

“Com a felicidade acontece o mesmo que com a verdade: não se possui, mas está-se nela. Sim, a felicidade não é mais do que o estar envolvido, reflexo da segurança do seio materno. Por isso, nenhum ser feliz pode saber que o é. Para ver a felicidade, teria de dela sair: seria então como um recém-nascido. Quem diz que é feliz mente, na medida em que jura, e peca assim contra a felicidade. Só lhe é fiel quem diz: fui feliz. A única relação da consciência com a felicidade é o agradecimento: tal constitui a sua incomparável dignidade. “

Autor: Theodore Adorno, in "Minima Moralia"

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segunda-feira, 10 de setembro de 2007




Relatório Minoritário

Cientistas desenvolvem sistema de previsão de atentados nos EUA




Em 2002, Steven Spielberg apresentou ‘Minority Report’, filme baseado na obra homónima de Philip K. Dick. A história futurista relatava uma sociedade em que os crimes eram evitados por antecipação. Três mutantes, com capacidades admiráveis, descreviam o quê, quando e como correspondente a cada crime. Restava às forças da autoridade a “simples” tarefa de marcar a presença no sítio certo à hora certa. Coisa de filme, de ficção científica bem apurada, mas que agora parece querer fazer parte de uma noção da realidade bem mais palpável. Especialistas em contraterrorismo estão a desenvolver uma tecnologia que permite prever ataques terroristas.

Cientistas e engenheiros foram recrutados para investigar a melhor forma de analisar à distância comportamentos e perfis psicológicos, na esperança de que os resultados possam revelar pistas sobre estados mentais e intenções. O método em desenvolvimento procura pistas através da medição do batimento cardíaco, respiração ou expressões faciais. “Intenções Hostis” é o nome do projecto, lançado pelo Governo dos Estados Unidos através do Departamento de Segurança Interna. O apoio é dado por empresas de segurança e laboratórios de investigação governamental. Todo o sistema deverá estar operacional a partir de 2012, para ser instalado em aeroportos, fronteiras e portos.

Câmaras de vídeo, laser, infravermelhos, gravações de áudio ou análise ocular são os instrumentos a utilizar. A base será o sistema de segurança já implantado pelos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, seguem-se estudos (como os de Paul Ekman, professor de Psicologia na Universidade da Califórnia) que revelam a importância de expressões e comportamentos involuntários nesta matéria, através da sua associação a atitudes e sentimentos.

Do projecto faz também parte um sistema de detecção de mentiras à distância, ultrapassando algumas barreiras que por vezes se colocam. Para já, a maior dificuldade é conseguir desenvolver o mecanismo correcto para evitar decisões erradas e sempre no menor espaço de tempo possível. Em simultâneo, será necessário compreender em que momentos os comportamentos são realmente indicativos de actividade terrorista e não meros reflexos infundados.

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Estilo British



O SGH-E590 foi concebido pelo britânico Jasper Morrison: linhas simples e ‘design’ compacto, com dupla face – de um lado o teclado e ecrã LCD; do outro a câmara de 3.0 megapixéis, com autofocus. O modelo vem acompanhado de um ‘bean bag’ e tripé portátil. Modelo exclusivo da The Phone House.








Para mais informações: www.samsung.com

Preço: 219,90€




Toca para mim


Os Novos Auscultadores e auriculares ‘bluetooth’ deixam-no ouvir música em qualquer lugar. Os sinais de áudio são transferidos em código digital e convertidos para sinal analógico no próprio aparelho. A função SwitchStream permite alternar entre a música e as chamadas apenas com um botão. Disponíveis quatro modelos: dois auscultadores com banda para o pescoço e dois auriculares.




Para mais informações: www.philips.pt

Preços: 99€ (SHB6100 e SHB7100)
129€ (SHB6102 e SHB7102)

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domingo, 9 de setembro de 2007




Há palavras que nos beijam




Há palavras que nos beijam
Como se tivessem boca.
Palavras de amor, de esperança,
De imenso amor, de esperança louca.



Palavras nuas que beijas
Quando a noite perde o rosto;
Palavras que se recusam
Aos muros do teu desgosto.



De repente coloridas
Entre palavras sem cor,
Esperadas inesperadas
Como a poesia ou o amor.



(O nome de quem se ama
Letra a letra revelado
No mármore distraído
No papel abandonado)



Palavras que nos transportam
Aonde a noite é mais forte,
Ao silêncio dos amantes
Abraçados contra a morte.



Alexandre O'Neill

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Roti de Peru à jardineira



Número pessoas: 4

Modo de preparação: Lume

Tempo prep.: 40 min

Grau de dificuldade: Fácil


Ingredientes:

1 emb. Roti de peru congelado
Maionese
q.b. mostarda
q.b pimenta em grão
milho doce
q.b azeite
q.b feijão-verde
q.b. ervilhas
Cenoura(s)
Nabo(s)
q.b sal




Preparação:

1. Prepare o Roti de Peru conforme indicado na embalagem do mesmo.



2. Para o molho, junte a maionese, a mostarda e grãos de pimenta moídos, misturando bem até obter um creme homogéneo.



3. Sirva com uma salada juliana de milho, feijão verde, ervilhas, cenoura e nabo, cortados em pequenos pedaços. Tempere a gosto.

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sábado, 8 de setembro de 2007



Cadernos de Guerra-Marguerite Duras

Género: Memórias
Editora: Oceanos (ASA)
*****

A origem do génio

Os primeiros textos de Marguerite Duras anunciam a obra futura

Continuam a sair textos dos arquivos da escritora francesa Marguerite Duras (1914-1996). E esses textos são essenciais para se conhecer a sua oficina. Sophie Bogaert e Olivier Corpet explicam, no prefácio, que entre a riqueza destes arquivos se destacam “quatro pequenos cadernos (…) guardados num sobrescrito”, onde a própria Duras os tinha reunido sob a denominação de ‘Cadernos de Guerra’.

Redigidos entre 1943 e 1949, eram desconhecidos na sua singularidade. Porém, quando os lemos – os dois prefaciadores sublinham-no –, percebemos que na fábrica da escritora nada se perdia. No primeiro caderno encontramos esboços de ‘Uma Barragem contra o Pacífico’ e versões de narrativas de ‘A Dor’; nos dois cadernos seguintes, há ainda a versão original de ‘A Dor’; no ultimo caderno, esboços de romances como ‘O Marinheiro de Gibraltar’, ou ‘Madame Dodin’.

Chega para perceber a importância desta tradução de António Carlos Carvalho, aliás, boa.

Em ‘Cadernos de Guerra’, Duras conta a infância e a adolescência, e tenta contá-las com rigor. A sua imagem não parece sair retocada; ela sente-se estranha e estrangeira, e é-o até à perversidade: “Como consegui superar a espécie de repugnância física que Léo me inspirava?” Léo era o namorado autóctone que a jovem Marguerite encontrou na Indochina, hoje Vietname, rapaz rico, que a fascinava e que ela repelia. A ambiguidade que encontraremos, muito mais tarde, na sua obra literária estava já no inicio, espécie de pensamento maléfico que a afastava de toda a gente, adultos e crianças. “Renunciei a tentar modificá-lo porque dava demasiado trabalho”, escreve a propósito do namorado.

A mãe, viúva de funcionário colonial, era totalmente irresponsável.

O Governo francês protegeu-a, como fazia com todos os servidores oriundos da metrópole. A senhora, mestra de meninos, queria enriquecer. O Estado deu-lhe a concessão de alguns hectares de terra para cultivo de arroz. Ela nada percebia de agricultura nem de monções. Para arrancar, pediu dinheiro emprestado a um ‘chetty’ usuário hindu. Os trabalhadores roubaram-na; a natureza agreste virou-se contra ela; faliu. Marguerite Duras conta estes dramas com desprendimento e simultaneamente com mal-estar adolescente por pertencer a uma família pobre. Amou um irmão, detestou outro que a espancava. A mãe, que a amava, batia-lhe também quando se enervava. E aconselhava-a a nunca dormir com Léo, por causa de ele ser oriental, mas a sacar-lhe todo que pudesse. ‘Cadernos da Guerra’ não é uma epopeia, mas a crónica da vida quotidiana miserável. Os alicerces do génio.

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James

Fresh as a Daisy – The Singles

Editora: Mercury/Universal

*****


Em 2001, os James editaram ‘Pleased to Meet You’, álbum que marcou a saída de Tim Booth, vocalista, que procurava novos caminhos. A banda afirmou que continuaria, mas foi em Tim Booth que as atenções se concentraram, com o início de uma carreira a solo. Mas este 2007 volta a ser o ano James, com o regressado Tim Booth. A acompanhar nova viagem pelos palcos surge ‘Fresh as a Daisy’ – The Singles’, que reúne ‘Sit Down, Laid’, ‘Born of Frustraton’ ou ‘Sometimes’. Sucessos inquestionáveis que voltam a ser apresentados, juntamente com dois temas novos, ‘Who Are You?’ e ‘Chameleon’.


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sexta-feira, 7 de setembro de 2007



Sobretudos


Elegantes e em tamanho XL, ou mais justos de forma a evidenciar a silhueta, servem para nos agasalhar nos dias mais frios. Lisos ou em xadrez, são imprescindíveis no nosso guarda-roupa.



















A PRAIA estava quase deserta. Para além de nós havia mais um casal a uns 100 metros – distância ideal que todos gostávamos de manter no pico do Verão. O vento afastava-nos do banho, ainda assim, o calor junto às dunas deixava no ar uma estranha inquietação. A amiga que me acompanhou nestes dias de paraíso domou a guisa e foi ao banho. Do casal ao longe pouco se via: estavam protegidos pelo guarda-sol e não se mexiam.

Quando a minha amiga voltou da água, estendemos de novo as toalhas e ela tirou a parte de cima do biquini. Eu mantive o meu. Estavam, portanto, duas raparigas e quatro mamas postas em sossego quando, de repente, vimos um homem a aproximar-se. Nada de novo, já que os veraneantes (apesar de ainda ser Primavera) percorrem grandes distâncias entre esta praia e as praias vizinhas. Aqui só se chega de barco, o que nos poupa do garrafão e do ´camping gaz`, mas não nos salva de tudo.

O homem tinha uns calções vermelhos e uns óculos de sol antigos. Parecia um militar na reforma. A princípio, pensámos tratar-se de mais um curioso atento às conchinhas da praia, embora houvesse ali qualquer coisa que não ligava bem. Aqueles óculos grandes e os calções vermelhos não combinavam com as conchinhas. Talvez fosse um ser dotado de uma sensibilidade especial que queria surpreender a mãe com a riqueza marítima. A minha amiga continuou de busto em evidência enquanto eu, outrora mais desinibida, me escondia nuns triângulos de lycra.

O homem começou a subir em direcção a nós. Não tinha toalha nem baldinho. Pôs-se a uns 20 ou 30 metros, tirou os calções e deitou-se nu na areia. Dali para a frente começou a olhar-nos minuto a minuto. Talvez menos. De quando em vez, levantava-se e ficava de pila ao vento, ora fitando o mar, ora fitando as duas amigas ali tão pertinho.

O meu sangue começou a ferver mais do que a temperatura pedia. Levantei-me e fui buscar um pau. Não me lembro de alguma vez ter feito isto. Na minha cabeça, via-me a dar-lhe uma sova que o marcasse para sempre. A minha amiga repetia: “Vou lá mandá-lo embora.” E eu proibia-a. O pobre tarado das conchinhas tinha tanto direito a estar ali como nós. Mas lá que merecia um susto…

O casal que estava mais adiante não se deve ter apercebido de nada. Passado algum tempo, foram-se embora. Eu continuava nervosa com o pau junto à toalha e uma sova na mente. Levantámo-nos e fomos ocupar o lugar que o casal deixara vago. O homem também se levantou e ficou estático, nu. Muitas perguntas me passaram pela cabeça: que tipo de pessoa faz isto? O que queria? Acharia ele que por uma de nós estar de peito à mostra o estaríamos a chamar? Seria um vulgar chefe de família que nas horas vagas ia libertar a sua tensão sexual? Ou o clássico solitário que encontrava a salvação numa pívea nas dunas? Tive pena de não o espancar. Das marcas não se livraria.

Já o nojo tomava conta de mim quando mais alguns banhistas chegaram. Entre eles uma amiga de longa data, conhecedora da região, também ela a passar férias. Sem que se tivesse apercebido da presença invulgar daquele ser, ela, na sua quase centena de quilos, foi-se pôr exactamente onde nós antes tínhamos estado. Tapadas por ela, o tarado deixou de nos ver. O susto não foi preciso. O baldinho de água fria já tinha sido atirado.

Foi-se embora de pila entre as pernas e eu guardei o pau. No dia seguinte apareceu de novo, com os mesmos calções vermelhos, escondido nos óculos escuros. Desta vez nem se aproximou. Quem seriam as próximas vítimas?

“Oh God, make me good, but not yet!”

A Antropologia da Fantasia deseja ser um espaço de divulgação do nosso mundo fantástico.

Este blog nasce da ideia de partilhar todas as ilusões, mitos, lendas e histórias que apimentam a nossa vida a cada instante.

O porquê da Antropologia da Fantasia?

Todos sabemos que a antropologia é a ciência que estuda o homem ou a humanidade em geral. Com a evolução dos povos o termo “antropologia” regeu-se em três conceitos, a antropologia física, social e filosófica.
A fantasia é um género de arte. É o que dá asas a uma história que por vezes nos adormece envolvendo-nos em sonhos que jamais se irão concretizar, mas não deixemos de sonhar!
Sem magia nada seria fertilizado, sem imaginação a fantasia nunca estaria no nosso pensamento e sem pensamento o Homem não existiria!
Os nossos pensamentos são poços de fantasias que não esgotam. Cada dia temos um novo pensamento p´ra relembrar ou p´ra expor num papel cansado de esperar um acto de caligrafia.

Agora em pleno séc. XXI existe uma nova noção – a Antropologia da Fantasia!


Agradecemos desde já a sua visita, esperando que esta não seja a nossa exclusiva partilha.


Até breve!